Posted on August 20, 2021 at. August 20, 2021 by Luiz Augusto L. da Silva

            Alexandre Amorim, do Núcleo de Estudos e Observações Astronômicas José Brazilício de Souza (NEOA-JBS), de Florianópolis, SC, alerta para a ocorrência desta ocultação asteroidal, em Agosto 11, 2021, entre 21h07min e 22h20min TU (18h07min e 19h20min TL de Brasília), com visibilidade no Rio Grande do Sul.

            A estrela possui magnitude visual 12.2, diâmetro aparente inferior a 0.1 milissegundo de arco (mas), e coordenadas ascenção reta AR 17h32min26.0s, e declinação DEC -14^o32’18.64″. O asteróide tem magnitude 15.4, e um diâmetro de 139 ± 14 km, correspondendo a um diâmetro aparente de 47 mas.

            A ocultação poderá ter duração máxima de 49.9 s, com queda de 3.2 magnitudes (a estrela seria totalmente ocultada pela silhueta do asteróide, conforme visto da Terra).

            A Lua estará a 82^o de distância da estrela, com fase apenas 13% crescente, portanto sem apresentar interferência, com ocaso programado para as 21h10min.

             A elongação solar da estrela é de 124^o. Fornecemos abaixo as circunstâncias locais para a cidade de Porto Alegre, tomada como ponto de referência, no que tange à posição do Sol, altura e azimute estelar, e situação do crepúsculo.

            O objetivo é cronometrar precisamente a hora de início e fim da ocultação. Registros de vídeo com indicação do tempo (por exemplo, gravação simultânea de sinais horários) seriam valiosos.

            A predição nominal do evento sugere que, no Rio Grande do Sul, a ocultação será visível durante o período do crepúsculo náutico (entre 18h23min e 18h52min TL, depressão solar entre -6^o e -12^o). Recomenda-se, pois, observar entre 18h20min e 18h55min. A claridade crepuscular representará um obstáculo.

            A faixa nominal de visibilidade cruza, por exemplo, a cidade de Arroio do Sal (situada no limite norte), no litoral gaúcho, e as cidades serranas de Gramado e Nova Petrópolis, com esta última localizada bem no centro da faixa. Veja-se as figuras a seguir. No entanto, as incertezas podem ser grandes, e a ocultação poderia, por exemplo, ser visível desde Pelotas, no sul do estado, ou mais ao norte, em Santa Catarina.

            O que estamos sugerindo é formar uma rede de observadores, desde Pelotas até Florianópolis. No Rio Grande do Sul, as localidades junto à linha costeira desfrutarão de um céu levemente mais escuro que aquelas na serra.