Ciência & Mídia

EXTRATERRESTRES E O FUTURO DA HUMANIDADE

Pesquisa inédita conecta a questão da existência ou não de civilizações extraterrestres com os problemas globais atualmente enfrentados pela sociedade humana.

– Será publicado na revista International Journal of Astrobiology (Revista Internacional de Astrobiologia), editada pela Universidade de Cambridge, Inglaterra, um artigo apresentando os resultados da investigação realizada pelo professor Luiz Augusto L. da Silva, astrônomo e pesquisador gaúcho, atualmente vinculado à Rede Omega Centauri para o Aprimoramento da Educação Científica, organização profissional privada com focos no ensino, na pesquisa, e na divulgação científica.

– Intitulada Sociedades Inteligentes Auto-Conscientes Tecnológicas no Universo: um Enfoque Simples e Direto de Prováveis Cenários Astrosociológicos Realísticos, a pesquisa foi submetida à revista em 24 de Setembro passado, e aprovada para publicação em 15 de Novembro. O First View Online foi disponibilizado na Internet em 14 de Dezembro.

– O estudo resume mais de vinte anos de investigações conduzidas pelo autor na área da Astrobiologia, a ciência multidisciplinar que se preocupa com o estudo da possibilidade de existência de vida fora da Terra, desde microorganismos até eventuais seres inteligentes auto-conscientes capazes de construir civilizações tecnológicas.

– Uma das principais conclusões é que aquelas civilizações podem ser extremamente raras. Em galáxias espirais como a Via Lactea, a galáxia a qual pertencem o Sol e o sistema solar, a taxa média provável de aparecimento é de apenas uma civilização a cada bilhão de anos, uma estimativa que é amparada por dados biológicos e astrofísicos atuais. Mesmo que tais civilizações pudessem durar muito tempo, digamos até cem milhões de anos, o que é um limite superior de longevidade muito otimista, é fácil concluir que duas ou mais civilizações nunca irão coexistir numa mesma galáxia. A civilização humana poderia, então, ser a única presente na Via Lactea neste exato momento. A anterior à nossa provavelmente teria deixado de existir há muitas centenas de milhões de anos em algum ponto obscuro da Galáxia, enquanto a próxima ainda estaria distante centenas de milhões de anos no futuro.

– Toda esta raridade decorreria do fato de que o aparecimento da inteligência não seria corolário do surgimento da vida, inibindo, assim, episódios frequentes de evolução convergente em muitos planetas.

– Outro resultado sugere que as civilizações, além de raras, também seriam becos sem saída evolutivos porque, como sistemas dinâmicos complexos, a sua fragilidade (principalmente a fatores de risco endógenos) aumentaria com o passar do tempo, reduzindo a probabilidade de sobrevivência. Este cenário, intitulado “gargalo tampado”, inviabilizaria a existência de civilizações muito avançadas, capazes de realizar voos interestelares, e de eventualmente se espalhar por toda uma galáxia. Foi possível, inclusive, estimar um limite superior para aquela probabilidade média de sobrevivência: menos de 10%.

– O estudo aponta, ainda, que os tipos mais frequentes de civilizações seriam as primitivas, ou as jovens como a nossa, e que estas dificilmente sobreviveriam a uma perigosa adolescência social e tecnológica (o “gargalo”), extinguindo-se invariavelmente ou, então, entrando num loop evolutivo primitivo-jovem-primitivo, quase sem chances de passar a um  estágio adulto.

– Com o objetivo de tornar acessíveis os principais resultados da pesquisa para o público não especialista, principalmente para os professores e estudantes em geral, a Rede Omega Centauri oferecerá a possibilidade de agendamento de uma palestra não técnica sobre o assunto, que poderá ser realizada em escolas e centros culturais, uma vez controlada a atual pandemia de coronavírus.

– A Rede também irá produzir uma mini-série de vídeos mais detalhados sobre o tema, cujo acesso será disponibilizado através da Internet.

– O resumo (abstract) do artigo original pode ser encontrado no site da Rede Omega Centauri: www.redeomegacentauri.org/Artigos de Pesquisa.

ANEXOS:

– Arquivo em formato PDF do artigo original completo. © by Cambridge University Press/Luiz Augusto L. da Silva. Apenas para informação e conferência. Disseminação não permitida.

Porto Alegre, 12 de Janeiro de 2022.

—————-

Este material midiático de conteúdo educacional foi gerado e distribuído através do  Núcleo de Astromídia da Rede Omega Centauri para o Aprimoramento da Educação Científica (www.redeomegacentauri.org).  Autorizada a reprodução total ou parcial do conteúdo, mediante referência à fonte.

Distribuição: Prof. Carlos Eduardo Meine Morais.

Maiores informações, se forem consideradas necessárias, poderão ser obtidas em contato com o professor Luiz Augusto L. da Silva, através do telefone 51 9 8950 4000, ou pelo e-mail luizastronomo@gmail.com.

You must be logged in to post a comment.